Henrique Barros, Presidente da Direção do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) e Paula Meireles, investigadora doutorada em Saúde Pública, viajaram até à Guiné-Bissau para participarem na conferência “Os desafios do diagnóstico precoce e acesso à saúde na Guiné-Bissau” – que decorreu no dia 27 de novembro – que tem como objetivo divulgar e reforçar a importância do rastreio integrado de base comunitária (VIH, Hepatite B e C, Sífilis) no país.
A conferência reúne decisores políticos, ativistas e especialistas das áreas das infeções pelo VIH, hepatites virais, infeções sexualmente transmissíveis e tuberculose, com o objetivo de refletir sobre o reforço do teste, prevenção e acesso à saúde em contexto comunitário, tudo isto com a participação da sociedade civil lusófona e da Rede Lusófona, em estreita colaboração com as autoridades de saúde, os sistemas nacionais de saúde e a academia.
Henrique Barros moderou a sessão “A visão das instituições internacionais na saúde pública: dimensão, características e desafios das epidemias na Guiné-Bissau” e Paula Meireles integrou a discussão sobre “Investigação Comunitária: o que sabemos e o que precisamos saber”, neste evento em que foram também conhecidos o processo de implementação e os resultados da proof of concept (prova de conceito) da ONUSIDA sobre rastreio integrado comunitário e os resultados preliminares da quarta edição da iniciativa Semana Internacional do Teste.
Espera-se que as discussões e partilha de experiências durante a conferência resultem em avanços significativos na prevenção, teste e tratamento, rumo aos objetivos globais de saúde estabelecidos pela ONUSIDA e pelos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.
“A disponibilização do rastreio integrado em contexto comunitário tem por objetivo ser custo-eficaz na medida em que faz uma triagem quer para tratamento, quer para as ferramentas de prevenção”, explica Luís Mendão, Diretor de Políticas de Saúde do Grupo de Ativistas em Tratamento (GAT).
O ISPUP participa nesta conferência – promovida pelo GAT e organizada com o apoio da Direção-Geral da Saúde (DGS) de Portugal – enquanto parceiro académico da Rede Lusófona, uma iniciativa que inclui 11 organizações de base comunitária, que direcionam o seu trabalho para a resposta na área da saúde pública para a infeção pelo VIH e SIDA, hepatites virais e tuberculose, em 8 países de língua oficial portuguesa – Portugal, Brasil, Angola, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.