Inquérito internacional sobre saúde sexual promovido pelo ISPUP registou mais de 50 mil participantes

O European MSM Internet Survey (EMIS) 2024, o maior inquérito internacional sobre saúde sexual dirigido a homens que têm sexo com homens, encerrou a fase de recolha de dados no passado dia 30 de junho, com um total de 50330 respostas válidas. Em Portugal registaram-se cerca de 2800 participações.

Mapa 1 – Respostas válidas ao EMIS, por país

Um dos principais destaques desta edição foi a inclusão, pela primeira vez, de pessoas trans e não-binárias que tem sexo com homens, o que resultou num número recorde deste grupo de participantes: 2658 pessoas (cerca de 100 em Portugal). Este marco sublinha a importância da inclusão e representa um avanço significativo na compreensão das necessidades de saúde sexual neste grupo.

Mapa 2 – Respostas válidas ao EMIS de pessoas trans e não-binárias, por país

O EMIS 2024, tal como as edições anteriores de 2010 e 2017, visa fornecer dados essenciais para a melhoria das intervenções em saúde sexual, ajudando decisores políticos, profissionais de saúde e organizações comunitárias a desenvolver estratégias mais eficazes e inclusivas.

Atualmente, a equipa central do EMIS está a trabalhar na elaboração de um artigo metodológico e do relatório global. Posteriormente, serão publicados relatórios comunitários e nacionais, incluindo o português, que será preparado pelo Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) e pelo Grupo de Ativistas em Tratamento (GAT Portugal).

O EMIS 2024 é coordenado por um consórcio de três parceiros principais (Deutsche Aidshilfe, Maastricht University e Robert Koch Institute) e cofinanciado pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças, bem como por diversos países (incluindo Portugal). No nosso país, a coordenação do EMIS está a cargo do ISPUP, do GAT Portugal da Direção-Geral da Saúde.

Toda a equipa envolvida no EMIS espera que a divulgação dos resultados finais e a sua análise permitam um melhor entendimento das dinâmicas da saúde sexual entre homens que têm sexo com homens, pessoas trans e não-binárias, contribuindo para políticas de saúde mais eficazes e adaptadas às necessidades das comunidades envolvidas.

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