O Salão Nobre dos Paços do Concelho do município de Montalegre acolheu, na passada sexta-feira, 1 de agosto, a sessão pública de apresentação da Estratégia Municipal de Saúde de Montalegre 2025-2030.
Desenvolvida sob a coordenação técnica e científica do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), esta Estratégia representa um marco importante nas políticas públicas de saúde a nível local, ao ser concebida com base nas especificidades e desafios de um território de baixa densidade populacional, articulando-se plenamente com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 das Nações Unidas.
A construção da Estratégia seguiu uma metodologia participativa, alicerçada num diagnóstico de saúde local, que combinou dados estatísticos disponíveis e a auscultação de vozes individuais e institucionais relevantes.
No diagnóstico realizado foram identificados vários desafios estruturais que o município de Montalegre enfrenta, nomeadamente dificuldades no acesso à saúde, aos serviços sociais, ao emprego qualificado, à educação ao longo da vida e à cultura, agravados pelo acentuado envelhecimento populacional – com cerca de um terço da população idosa a viver sozinha –, pela elevada dispersão geográfica e pelo saldo demográfico negativo. Além disso, tal como a generalidade dos municípios portugueses, a morbilidade e a mortalidade em Montalegre caracteriza-se pelo fardo pesado das doenças crónicas não transmissíveis.
Para responder às necessidades concretas da população de Montalegre, seguiu-se uma abordagem holística e intersectorial da saúde, considerando os principais determinantes de saúde e bem-estar, os quais estão refletidos nos cinco eixos de intervenção do Plano Municipal de Saúde, que operacionalizará a Estratégia:
“A Estratégia Municipal de Saúde de Montalegre 2025-2030 tem como visão uma comunidade saudável, justa, interveniente, capaz de se superar, que valoriza a sua história e os seus recursos, assumindo a saúde como um bem coletivo e uma responsabilidade partilhada entre os diversos setores, serviços e agentes locais”, conclui Henrique Barros, Presidente da Direção do ISPUP.