O programa visa a pesquisa de anticorpos específicos para o vírus SARS-CoV-2 entre a comunidade académica através de testes serológicos. Marcações abertas.
O programa de testes serológicos da Universidade do Porto para pesquisa de anticorpos específicos para o vírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19, vai alargar-se agora a todos os estudantes de primeiro ciclo da instituição.
A partir desta segunda-feira, 12 de outubro, poderão realizar os testes serológicos todos os estudantes de cursos de Licenciatura e de Mestrado Integrado, independentemente da faculdade ou do ano que frequentam.
Assim, os estudantes deste grupo que tenham interesse em realizar um teste serológico poderão desde já agendar a sua marcação aqui.
Os testes decorrem no edifício histórico do ICBAS (Largo Abel Salazar, 2, junto ao Centro Hospitalar Universitário do Porto / Hospital Santo António), entre as 9h00 e as 18h45 de todos os dias úteis.
A participação no programa é totalmente gratuita e voluntária, não existindo quaisquer consequências para os estudantes que optem por não fazer o teste.
Em que consiste o teste?
À semelhança do que aconteceu com os funcionários docentes e não docentes, os testes realizados aos estudantes serão liderados pelo Instituto de Saúde Pública da U.Porto (ISPUP) e consistem na análise de uma gota de sangue, recolhida através de uma picada no dedo. Este procedimento – que demora cerca de dez minutos – permite detetar a presença de anticorpos das classes IgG e IgM para o vírus SARS-CoV-2 e, assim, avaliar se uma pessoa esteve infetada com o coronavírus, independentemente de ter tido ou não sintomas de COVID-19.
Será ainda aplicado um breve inquérito epidemiológico para avaliar a possibilidade de contacto com casos suspeitos ou confirmados de COVID-19.
A recolha e processamento das amostras serão realizados por médicos, enfermeiros e técnicos do ISPUP. Os resultados dos testes são confidenciais e comunicados apenas ao próprio estudante.
Os restantes estudantes da Universidade do Porto poderão realizar o seu teste serológico na próxima fase deste programa, em data a anunciar brevemente.
Trabalho em curso
Num primeiro momento, o rastreio serológico à comunidade da U.Porto teve lugar entre 1 de junho e 10 de julho e abrangeu 3461 trabalhadores docentes e não docentes. Já em setembro, o programa foi alargado a um grupo de estudantes inscritos em cursos da U.Porto ligados ao ensino clínico.
Como explicou o Reitor da U.Porto no arranque do projeto, “a nossa intenção é tirar uma fotografia desta população agora, mas ir repetindo essa fotografia ao longo do ano, para perceber como é que a comunidade evoluiu e se foi adquirindo imunidade ao vírus”.
Também o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), Manuel Heitor, já elogiou por diversas vezes a decisão da Universidade em avançar com a realização de testes serológicos no seio da comunidade académica, considerando-a não só “inédita a nível académico”, como merecedora de “ser replicada nas outras instituições do país”.