O Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) integra o projeto europeu Improving MAternal Newborn CarE in the EURO Region – IMAGINE EURO, que está a recolher dados sobre a preparação, qualidade e resiliência dos serviços que garantem cuidados de saúde materno-infantis, em países da Região Europeia da OMS, durante a pandemia de COVID-19.
Nesta fase, o projeto está a pedir às mães que tiveram um parto, desde o dia 1 de março, para responderem a um questionário online. Pretende-se ajudar a identificar lacunas e a planear respostas para melhorar a preparação e resiliência dos serviços de saúde, bem como a qualidade dos cuidados prestados às mães e aos recém-nascidos.
Como explica Raquel Costa, investigadora do ISPUP, responsável pela coordenação do IMAGINE EURO em Portugal, “vamos averiguar a preparação, qualidade e resiliência dos serviços prestados na área da saúde materno-infantil, em diferentes países da Região Europeia da OMS, no contexto da pandemia, através das perspetivas tanto de mulheres que tiveram um parto como de profissionais de saúde”.
Investigadores de vários países estão, numa primeira fase, a convidar mulheres que deram à luz, a partir do dia 1 de março, a responder a um questionário online, disponível em mais de 20 idiomas. Numa segunda etapa, o mesmo será feito junto de profissionais de saúde.
Como participar?
A versão portuguesa do questionário online dirigido às mães está já disponível, AQUI.
“Todas as mães, com 18 anos ou mais, de qualquer local do país, independentemente de terem sido ou não diagnosticadas com a COVID-19, podem preencher o questionário, caso o seu parto tenha ocorrido, a partir do dia 1 de março de 2020”, frisa Raquel Costa.
“A colaboração destas mães é fundamental para conseguirmos aferir a qualidade dos cuidados de saúde materno-infantis prestados durante a pandemia de COVID-19, em Portugal”, sublinha.
As questões colocadas baseiam-se nas normas da OMS para melhorar a qualidade dos cuidados hospitalares prestados à mães e aos recém-nascidos e cobrem aspetos relacionados com o tipo de cuidados que são proporcionados pelos serviços de saúde hospitalar: a experiência relativamente aos cuidados recebidos; a disponibilidade de recursos humanos e físicos das unidades de obstetrícia e de neonatologia dos hospitais; e ainda uma dimensão sobre a COVID-19.
Identificar lacunas e planear respostas
O projeto internacional, coordenado pelo Centro Colaborador da OMS para a Saúde Materno-Infantil de Trieste (Itália), sob a alçada de Maria Lazzerini, vai permitir detetar eventuais diferenças no nível de preparação, qualidade e resiliência dos serviços e na experiência de cuidados, entre os vários países da Região Europeia da OMS que participam no estudo.
Pretende-se ajudar a identificar lacunas e a planear uma resposta coordenada entre os vários países para melhorar a qualidade dos cuidados prestados às mães e aos recém-nascidos. Os resultados do projeto serão divulgados junto das entidades de saúde, para que estas consigam agir de forma informada, com vista a alcançar a visão da OMS: “todas as mulheres grávidas e recém-nascidos devem receber cuidados de qualidade durante a gravidez, o parto e o pós-parto”.
Em Portugal, para além do ISPUP, são parceiros do IMAGINE EURO a ARS Algarve, a Universidade Europeia e a Associação Portuguesa pelos Direitos da Mulher na Gravidez e no Parto.
Para mais informações sobre o IMAGINE EURO, pode consultar este LINK.