NeuroInova, Lda; ULS Matosinhos, EPE; CHEDV, EPE;
O SARS-CoV-2 tem demonstrado ser neurotrópico, acede ao encéfalo via nervos cranianos e difunde-se por transferência sináptica. Esta característica pode agravar a encefalopatia após doença respiratória aguda grave, ou antecipar o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas quiescentes (e.g.: doença de Alzheimer ou Parkinson). É assim essencial implementar um modelo de vigilância epidemiológica do desempenho cognitivo dos indivíduos após infeção por SARS-CoV-2. Considerando o contexto de isolamento e a necessidade de monitorização de número elevado de
indivíduos por longos períodos de tempo, isto só será sustentável com recurso a um instrumento digital autoadministrado. O ISPUP tem desenvolvido um instrumento com estas características – Brain on Track – para avaliar trajetórias cognitivas, em Portugal, em modelos iniciais de demência, esclerose múltipla e sobreviventes de cancro, e na Suécia (Universidade de Upsala), num modelo de monitorização cognitiva após encefalite da tundra.