Investigadores do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) arrecadaram cinco prémios no XVIII Congresso de Nutrição e Alimentação, da Associação Portuguesa de Nutrição, que teve lugar, nos dias 16 e 17 de maio, no Porto. Os investigadores receberam o primeiro, segundo e terceiro prémios de melhor comunicação oral e os prémios de primeiro e segundo melhor póster.
O primeiro prémio de melhor comunicação oral foi atribuído à aluna do Mestrado de Saúde Pública, Catarina Barbosa, por um trabalho que procurou investigar se havia uma associação entre determinadas práticas de controlo da alimentação das crianças aos 4 anos com a adoção de um padrão alimentar aos 7, explicativo de obesidade aos 10 anos.
O estudo designado May parental child-feeding practices at 4 years-old prospectively influence dietary patterns of 7 years-old children that explain body mass index later in life? usou dados da Geração XXI e concluiu que as meninas que têm a sua alimentação mais monitorizada pelos pais, aos 4 anos, têm menor probabilidade de seguirem um padrão alimentar rico em alimentos densamente energéticos, carnes processadas e pobre em sopa de legumes, aos 7 anos.
Segundo Andreia Oliveira, coordenadora do trabalho, “verificou-se que a monitorização dos hábitos alimentares dos filhos pode ser positiva para evitar que estes adotem comportamentos alimentares pouco saudáveis mais tarde. Além disso, o facto de esta associação só ter sido encontrada nas raparigas poderá mostrar que, do ponto de vista social, poderá existir maior pressão dos pais para controlar a alimentação das meninas”.
O segundo prémio de melhor comunicação oral foi entregue à investigação Modification of Effect Between Air Pollution and Lung Function by the Inflammatory Potential of Diet: Accross sectional study in children, que contou com a participação de investigadores do ISPUP. O estudo analisou se a alimentação poderia modelar o efeito entre a exposição às partículas do ar interior e o desenvolvimento de asma nas crianças.
Ainda no domínio das comunicações orais, a investigadora Vânia Magalhães ganhou o terceiro prémio de melhor comunicação pelo trabalho designado Dietary intake misreport and its association with specific food groups, no qual se identificaram os grupos de alimentos sub e sobre-declarados pelos adultos no Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física (IAN-AF).
Relativamente aos pósteres, o primeiro prémio foi atribuído à investigadora Cláudia Afonso, pelo trabalho Obesity Phenotypes and their Association with Frailty and Frailty Criteria e o segundo prémio à investigadora Andreia Vaz pelo estudo Association between nighttime sleep duration and dietary patterns among 4 year-old children from the birth cohort Generation XXI, o qual procurou analisar a relação do sono com os padrões alimentares das crianças da Geração XXI, aos 4 anos.
Vários dos investigadores premiados pertencem à Unidade de Investigação em Epidemiologia (EPIUnit) do ISPUP.
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