Saúde e Território

A saúde dos indivíduos e as desigualdades em saúde são moldadas pelo contexto geográfico onde as pessoas se inserem e pelas suas características físicas (ex. poluição, clima, espaços verdes) e sociais (ex. privação socioeconómica, habitação, acesso a serviços de saúde).

Por este motivo, o Laboratório Saúde e Território desenvolve investigação nas áreas da epidemiologia ambiental, epidemiologia espacial e geografia da saúde, de forma a perceber como a saúde dos indivíduos e das populações é influenciada por esta vasta e complexa rede de fatores que atuam nos contextos de residência, estudo, trabalho e lazer, desde a conceção até à velhice.

São objetivos deste grupo:

• Estudar a influência da exposição à poluição ambiental, extremos climáticos e espaços verdes e azuis na saúde física e mental.
• Investigar as consequências da crise habitacional e dos processos socio-espaciais subsequentes (gentrificação, relocalização e insegurança residencial) na saúde da população da Área Metropolitana do Porto.
• Investigar a distribuição espácio-temporal e os determinantes da incidência e da (re)introdução de doenças transmissíveis, como a tuberculose, a COVID-19 e doenças transmitidas por vetores.
• Avaliar o impacto de riscos ambientais emergentes, como as alterações climáticas e a degradação ambiental, na saúde da população, e avaliar estratégias de mitigação e adaptação.

Para responder a estes objetivos, o laboratório usa dados longitudinais de coortes populacionais e estatísticas sobre pequenas áreas geográficas e tem como ferramentas centrais os Sistemas de Informação Geográfica (SIG), a deteção remota e a estatística espacial e multinível.

Os resultados da investigação deste laboratório têm alto potencial de impacto na saúde pública e grande relevância política e económica, visando gerar evidência que oriente políticas de saúde e de ordenamento do território destinadas à criação de ambientes saudáveis, sustentáveis e inclusivos.