O ar “limpo” é um direito humano fundamental e uma condição necessária para sociedades saudáveis e produtivas. As alterações climáticas, a dinâmica populacional e os estilos de vida, a urbanização, e a acelerada evolução tecnológica, agravam a complexidade dos desafios ambientais, em particular daqueles que se relacionam com o ar que respiramos no interior dos edifícios e os seus potenciais efeitos na saúde.
A qualidade do ar interior apresenta-se como um desafio particular, considerando a variedade de riscos biológicos, químicos e físicos que podem influenciar significativamente a saúde dos ocupantes dos espaços. Destaque-se que a pandemia provocada pelo vírus SARS-COV-2, e as evidências de um maior risco de transmissão no interior dos edifícios, sublinhou o reconhecimento da importância do tema e o seu papel na prevenção e redução do risco de doenças.
Este Laboratório dedica-se à investigação do impacto da contaminação do ar por agentes químicos (e.g. partículas ultrafinas, finas e grossas, poluentes orgânicos persistentes (POPs)) e micro-biológicos; identificação de fontes de poluição e de estratégias de mitigação e controlo, bem como definição de diretrizes que visam contribuir para a criação de ambientes saudáveis, e consequentemente para a salvaguarda da saúde pública.
Há um enfoque nos ambientes interior e exterior, os quais podem contribuir para doenças crónicas, como a asma, ou influenciar indicadores de saúde de grupos suscetíveis, nomeadamente crianças e adultos mais velhos.
A investigação nesta área interdisciplinar envolve o desenvolvimento de métodos inovadores para medições específicas, estimativas matemáticas de modelos de exposição humana, e gestão de grandes conjuntos de dados sobre poluentes do ar e de saúde, combinados com o conhecimento dos sistemas subjacentes (por exemplo, a dinâmica da formação de poluentes).
